O som do tambor afina nosso coração com o coração da PachaMama também ao som do útero, desperta a energia individual e coletiva em ritos e cerimônias, sendo esta energia o despertar de nosso curador interno.
A batida está dentro de nós, no nosso coração, e trazer esta batida para fora no tambor é exteriorizar nossa emoção, cantar esse momento sagrado, tocar o sopro da alma, vibrando para fora do corpo, é a expressão da alquimia da vida.
Os xamãs consideram o tambor como o “cavalo” que os leva em viagens a outros mundos.
O ritmo das batidas altera nossa percepção e estado de consciência, permitindo-nos entrar em contato com os mundos visíveis e invisíveis para proporcionar cura, meditação, auto conhecimento, empreender jornadas, nos harmonizarmos com a Terra e contatar os ancestrais, espíritos e animais guardiães.
Respeito
- O tambor tem poderes muito além de simplesmente fazer música, e entender alguns desses poderes é entender um pouco de como é ser um nativo;
- Ninguém deve “bater” em um tambor e sim fazer o tambor falar com poder e convicção;
- Ter um tambor é uma honra extrema e ele deve ser sempre tratado com o máximo de respeito;
- Preste atenção e verá, você vai tratar você mesmo, os outros e tudo o mais no mundo da mesma forma que trata seu tambor;
- Lembre-se o tambor representa o que você é e o que poderá se tornar;
O Poder dos Tambores Indígenas
Na cultura dos índios americanos, os tambores são objetos sagrados, usados pelo Xamã ( líder espiritual ) na cerimônias de cura. Também servem para proteger o ambiente.
De acordo com os princípios do Xamanismo, cada pessoa tem um bicho de poder que o acompanha por toda a vida. Para descobrir qual é o animal de cada um, é feita uma jornada xamânica em que a pessoa relaxa ao som do tambor e visualiza a imagem do bicho.
Os nativos norte – americanos associam o toque do tambor às batidas do coração da Mãe Terra e também ao som do útero. O tambor dá acesso à força vital através de seu ritmo. É a canoa que leva ao mundo espiritual, o instrumento que faz a comunicação entre o Céu e a Terra. É usado para ativar e curar o nosso espírito, alinhando-se com a vibração do nosso coração e com a Mãe Terra. Cada tambor tem seu próprio som, sem igual. Usado em cerimônias, danças, canções e para celebrar.
Os Tambores Xamânicos
Os tambores xamânicos existem há pelo menos 40 mil anos em todas as cultuar tradicionais do planeta. Está associado à direção Sul, ao arquétipo do Curador, ao elemento Terra, às criaturas de Quatro Patas e com a qualidade da Cura. É utilizado para produzir diversos tipos de ritmos com finalidades diferenciadas, desde a música para a celebração e a dança até o toque constante, que leva ao transe profundo ou ao frenesi coletivo.
Muitos Xamãs usam seu tambor para realizar diversos tipos de cura, como o resgate de uma alma perdida ou sair viajando por outras dimensões do ser em busca de visões e conhecimento. Durante as experiências são comuns as visões de Animais de Poder, Aliados Espirituais, ou outras visões de poder ou de cura.
O som do tambor facilita a conexão de qualquer pessoa com o seu mundo interior e com todos os ritmos de seu corpo, produzindo um estado de relaxamento, de equilíbrio e ampliação de consciência, proporcionando assim uma conexão e harmonização com os ritmos planetários e cósmicos.
O tambor representa a própria cultura xamânica, unificando e aproximando as comunidades. Costuma ser utilizado em reuniões dos povos nativos, criando uma aura energética que possibilita a conexão com o Mundo Espiritual. Também são utilizados por curandeiros, em rituais de cura.
Fonte: Revista espiritual